Público compareceu em peso no primeiro dia da 24ª Mostra de Cinema Infantil (Foto: Amanda Ramos)
O primeiro dia da 24ª Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis reuniu mais de mil pessoas neste sábado (11), um aumento de 50% em relação à edição anterior.
Com a sessão de abertura lotada, o público assistiu à pré-estreia do filme “Tainá e os Guardiões da Amazônia – Em Busca da Flecha Azul”. Antes da exibição, a diretora da Mostra, Luiza Lins, deu as boas-vindas às mais de 600 pessoas que lotaram a primeira sessão.
“Agradecemos a presença de todos. A Mostra é feita para as crianças, e o acesso à arte é um direito de cada uma delas”, destacou a diretora.
Durante a abertura, a diretora de conteúdo da EBC, Antônia Pelegrino, recebeu o Prêmio Amigos do Cinema Infantil. A premiação é uma homenagem da Mostra para pessoas que ajudam a desenvolver o cinema para crianças e jovens no Brasil. Em vídeo, ela agradeceu à homenagem.
“Receber esse prêmio muito me honra. É como se nos dissesse que a gente foi além do que devia fazer e estou feliz em receber essa honraria”, comemorou Pelegrino.
Após a exibição do filme, os realizadores Virginia Limberger e Gabriel Garcia participaram de uma conversa com o público, respondendo às muitas perguntas das crianças — um momento que evidenciou o sucesso da pré-estreia de Tainá na Mostra.
Elenco do curta-metragem catarinense “ET da Vargem Pequena” conversa com o público da Mostra. (Foto: Amanda Ramos)
Ao longo do dia, foram realizadas duas sessões de curtas-metragens brasileiros, nas quais o público pôde votar ao final das exibições. Entre os destaques, esteve o filme catarinense “ET da Vargem Pequena”, dirigido por Marko Martinz. Após a sessão, o cineasta e o elenco participaram de um bate-papo com a plateia, que demonstrou curiosidade tanto sobre a história do ET quanto sobre a obra do artista catarinense Meyer Filho, inspiração para o filme.
“Quando a gente pensou em fazer um filme Sci-fi, a gente pensou no Meyer porque ele sempre dizia que tinha ido à Marte, então trouxemos a arte dele para as telas do cinema”, revelou Marko Martinz.
Nova obra literária
A autora Priscila Freitas lançou o livro “Lava Lavadeira, Na Pedra da Cachoeira”. (Foto: Amanda Ramos)
O primeiro dia também teve lançamento do livro “Lava, Lavadeira, na pedra da cachoeira”, da escritora Priscila Freitas que traz as lembranças da comunidade Monte Serrat, em Florianópolis, sob o olhar sensível e imaginativo da infância. A história revisita o legado ancestral das mulheres lavadeiras — símbolo de resistência negra e de harmonia com a natureza — e celebra os laços de afeto, identidade e consciência ambiental que moldam o território.
“A personagem principal se chama Darci e foi inspirada em uma grande liderança, educadora e que também foi uma lavadeira que se chama Darci Vitoria de Brito e um pouco dessa menina sou eu porque no quintal da casa da minha avó tinha uma pedra onde elas lavavam as roupas antigamente”, contou a autora.
O Palquinho da Mostra finalizou o dia com apresentação da Fanfarra da Ponte Show que alegrou o público e botou todo mundo pra dançar com um repertório carnavalesco.
