

Convidadas:
Ally Collaço, partindo da análise das obras da cineasta Alice Guy, discute a importância das mulheres no repertório dos/das estudantes em formação, e do cinema na escola como expressão artística.
Karine Joulie Martins, promove um encontro entre a cineasta Agnès Varda com professoras cuja vida e docência é permeada pelas imagens. A partir desse encontro, surgem novos filmes e reflexões sobre dimensões estéticas na formação docente..
Monica Fantin, José Douglas Alves dos Santos e Lizyane F. S. Santos Locatelli enfatizam a importância da Universidade na produção de conhecimento com a comunidade apresentando o projeto Curtas em Diálogo, que acontece desde 2019 junto ao Programa Rede de Saberes (Polo UAB – Florianópolis), promovendo debates sobre curtas-metragens brasileiros.
O curta-metragem “Lia faz um filme” (de Nelson Yabeta, 2025), que apresenta uma personagem cuja trajetória escolar foi atravessada por uma oficina de cinema, será um fio que tece esse diálogo.
Exibição do Curta brasileiro

Lia faz um filme – de Nelson Yabeta, ficção, RJ, 2025, 20’.

Este livro traça uma cartografia sensível dos encontros entre crianças e os filmes de Alice Guy, cineasta pioneira historicamente invisibilizada. A partir da experiência do Coletivo Cinema de Meninas, a pesquisa investiga como o cinema pode inspirar uma pedagogia feminista, embasada em Gerda Lerner e bell hooks. Entre descobertas e memórias, a autora reflete sobre a importância de apresentar cineastas mulheres às crianças, ampliando repertórios e construindo novas referências no diálogo entre cinema, infância e educação.

E se Agnès Varda desse aulas para professoras que experimentam o cinema na sala de aula? A experiência, a memória e as imagens que Varda “catava” foram matéria-prima para seus filmes, que ensaiam conexões entre si e o mundo. Suas obras compõem uma pedagogia que, em uma oficina de cinema, dão a ver o que constitui a docência que se desafia a trabalhar com as imagens. Esse encontro inspirou expressões subjetivas que, de certa forma, atuam na restauração do controle estético-político em nossa sociedade. Além disso, contribui para uma compreensão da sala de aula como lugar de ensaio, de curadorias e montagens para criar sentidos com o outro.

A importância do cinema para aprender entre realidade e ficção na aventura de educar requer experiências que promovam a formação do olhar. As imagens cinematográficas colocam em jogo saberes, experiências e valores capazes de promover o encontro de si e da relação com o outro. As reflexões que compõem o livro Educação, Cinema e Extensão: reflexões e experiências mídia-educativas em diálogo, enfatizam o quanto certos projetos de extensão universitária contribuem para ampliar a percepção do mundo e fortalecer algumas práticas de educação midiática, artísticas e culturais com os filmes. As contribuições teóricas e práticas do volume destacam que o cinema nas escolas, nas universidades e noutros espaços da cultura (formais ou não formais) permite diálogos que nos aproximam não somente de ideias, mas também de pessoas e da natureza, o que contribui para nos reconectar uns aos outros e com o mundo.
Doutora e Mestra pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC (2024). Graduada em Cinema – UFSC (2009) e graduanda de Pedagogia – UFSC (2025).
Professora e Oficineira de cinema em Florianópolis há 17 anos. Entusiasta nas aproximações possíveis entre cinema e educação, com os projetos autônomos Cinema de Brincar, Mulheres de Cinema, Mulheres Artistas, Coletivo Cinema de Meninas, Projeto Casa Azul e Ally Collaço – Escola de Cinema e outras Artes.
Parceira na formação de professores do projeto de extensão IFSCineminha do IFSC-Garopaba e da secretaria municipal de educação de São José. Integra a Rede Kino – Rede Latino-Americana de Educação, Cinema e Audiovisual e é parceira da Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis.
Trabalhou em projetos da TVUFSC, Cinemateca Catarinense, Fundação Franklin Cascaes e Fundação Catarinense de Cultura, além de ministrar oficinas em mostras de cinema por todo o Brasil.
Doutora e mestra em Educação (UFSC), bacharel em Cinema (UFSC) e licenciada em Artes (Uninter). É produtora, pesquisadora e professora atuante em iniciativas que articulam esses três campos, desenvolvendo cursos livres, oficinas, cineclubes, mostras e exposições. Trabalhou em projetos como o Circuito de Cinema Infantil e a Mostra Cultural dos NEIMs de Florianópolis. Atualmente, realiza pesquisa de pós-doutorado na UFRJ com financiamento do CNPq, investigando políticas de educação digital e práticas de cinema na escola.
Professora Titular no Programa de Pós-Graduação em Educação, da Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC. Doutora em Educação pela UFSC com Estágio no Exterior na Università Cattolica del Sacro Cuore, USCS, Milano. Pós-Doutorado em Estética na USCS, Itália em 2016 e na Universitat de Lleida, Espanha em 2022. Líder do Grupo de Pesquisa Núcleo Infância, Comunicação, Cultura e Arte, NICA, UFSC/CNPq. Articula Ensino, Pesquisa e Extensão a partir dos temas da Infância, Cinema e Educação, Cultura Digital, Mídia Educação, Formação Docente e Dimensões Estéticas na Formação.
Pedagogo e Mestre em Educação pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). Doutor em Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Pesquisador do Núcleo Infância, Comunicação, Cultura e Arte (NICA, UFSC/CNPq). Tem abordado, no âmbito da pesquisa, a relação das infâncias em diferentes contextos; a experiência estética possibilitada pelos filmes; o cinema no processo formativo (escolar e não-escolar); e a leitura pedagógica de imagens.
Doutoranda e mestra em educação (PPGE/UFSC). Especialista em Gestão e Metodologia do Ensino pela Faculdade Dom Bosco, em Educação Infantil pela UFSC, e em Tecnologias da Informação e Comunicação e técnicas de Ensino pela UTFPR. Graduada em Pedagogia pela UFSC (2009). Membro do grupo de Pesquisa Núcleo Infância, Comunicação, Cultura e Arte (NICA, UFSC/CNPq). Professora efetiva da Educação Infantil na Prefeitura Municipal de Florianópolis.